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A retórica da feminilidade diante do Santo Ofício: a delação entre mulheres como estratégia de defesa a partir dos desvios sexuais denunciados na Primeira Visitação (1591-1595).
O presente trabalho é fruto das atividades realizadas no âmbito de uma pesquisa de iniciação científica, cujo desenvolvimento se deu entre os anos de 2020 e 2021. O escopo do projeto, cujo título é “Relações de gênero, normatização dos corpos e sexualidades desviantes a partir da Primeira Visitação inquisitorial na América portuguesa (1591-1595)”, consistiu na análise e investigação dos relatos que narraram os delitos sexuais femininos decorrentes da visitação citada: práticas de bigamia, relações homoeróticas, práticas de feitiçaria vinculadas à sexualidade, concubinato, sodomia, molície e fornicação. Sendo assim, o texto que se segue objetiva, à luz das teorias de gênero (Hester, 2002; Butler, 2016), compreender como algumas mulheres se defenderam diante das acusações que buscaram vinculá-las aos desvios sexuais listados anteriormente. Acredita-se na possibilidade de que essas estratégias de defesa foram instrumentalizadas por essas mulheres a fim de se distanciar de quaisquer denúncias que pudessem colocá-las diante do rol de atuação inquisitorial no período.
Palabras clave:
Tribunal do Santo Ofício, Gênero, Sexualidade, Mulheres
Biografía del autor/a
Izanne Carvalho Barbosa, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Graduada em História pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Integrante do Núcleo de Estudos Inquisitoriais na Amazônia (NEIAM) – financiado pela FAPESPA (016/2022).
Carvalho Barbosa, I. ., & Vinicius Reis, M. . (2023). A retórica da feminilidade diante do Santo Ofício: a delação entre mulheres como estratégia de defesa a partir dos desvios sexuais denunciados na Primeira Visitação (1591-1595). Revista Punto Género, (19), pp. 333–363. https://doi.org/10.5354/2735-7473.2023.71220