É possível (e desejável) democratizar a barbárie?
Resumo
Buscamos refletir sobre as contribuições da psicologia política à realidade brasileira, desde o referencial teórico-metodológico marxiano e marxista. Tomamos por justificativa a conjuntura de crise estrutural do capitalismo, o avanço neoliberal e seus desdobramentos econômicos, sociais, políticos e ideológicos, bem como suas expressões na/pela psicologia política. Analisamos como a estrutura de produção-distribuição da riqueza social, na garantia da propriedade privada dos meios de produção, e a função primordial do Estado, estabelecem um limite concreto para a realização de valores e direitos humanos. O marxismo nos municia não só para a crítica da psicologia política, mas para uma sua utilização crítica, tendo como finalidade sua própria superação. Consideramos, assim, que a psicologia política pode ser importante se e desde que (auto)crítica e enquanto demarcação das limitações da psicologia hegemônica, buscando tensionar a psicologia e transformá-la, e contribuir para a superação dos próprios marcos da democracia burguesa.
Palavras-chave:
Psicologia política, Crise estrutural, Estado, Democracia, Marxismo
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